sábado, 14 de março de 2020


O sabor da criação

O apetite da criação é insaciável
Deixando meu espírito no caos
Buscando minha semelhança divina
Para não fugir do conceito universal 
Onde não há receio de preservar
O bem e o mal
Dessa forma que os deuses
Rebelaram-se 
Dessa forma Afrodite se deitou
Para roubar a beleza
Duma pobre mortal 
Que até então não havia mal 
Sendo a perfeição uma ilusão 
Porque ter medo da dor
Dessa forma que Deus nos criou 
Dessa forma que Psiquê 
Conquistou o amor
Fazendo-me um sonhador 
Em desbravar a vida 
Que me deixou órfão 
Quando Deus vomitou
No deserto do meu coração
O desejo da criação.

Paulo Balôba.

Uma homenagem ao dia da Poesia.







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